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domingo, 10 de novembro de 2013

Princípios da Radioterapia palestra dada em Ijuí RS por mim

Estou disponibilizando material que utilizei na palestra de Ijuí-RS sobre  os
Princípios
da

Radioterapia
O que é a Radioterapia ?
Radioterapia é o tratamento com radiação onde consiste a exposição do local do paciente a ser tratado com doses diárias até que totalize o valor total definido pelo médico.
Como a radiação danifica o material genético da célula do tumor evitando que ela cresça e se reproduza, pois as células do câncer crescem e se multiplicam muito mais rápidos que as células normais.


Um Breve Histórico:
A descoberta dos Raios –x por Whilhen C. Roentgen em 1895 onde começou a ser utilizado em diagnóstico e terapia, tendo Emil A. Grubbe com um pioneiro.
O estudo das Radiações eram o fascínio da época  1986 Pierre e Maria Curie Descobriram o Radium 226, introduzindo-o em terapêutica .
Nesta época, os cirurgiões as utilizavam em tratamento de tumores malignos acreditando  que atuavam por ação cáustica nos tecidos.
Suas doses eram avaliadas pelas reações induzidas na pele  e a unidade correspondente foi denominada “dose de Eritema”
Os progressos da Física Médica na década de 30 permitiram quantificar as doses de radiação e estabelecer uma relação entre quantidade e efeito biológico.

Finalidade da Radioterapia:
Todo o tratamento deve estar autorizado e deve ter início e fim previsto.

  • Radioterapia Paliativa:

Objetiva no controle local do tumor primário ou de metástases, sem influenciar a taxa da sobrevida global do paciente. Geralmente, a dose aplicada é menor do que a dose máxima permitida para a área.

  • Radioterapia Pré-operatória:

É a radioterapia que antecede a principal modalidade de tratamento, a cirurgia, para reduzir o tumor e facilitar o procedimento. A dose total aplicada é menor do que a dose máxima permitida para a área.
  • Radioterapia Pós-operatório:
Segue à principal modalidade de tratamento do paciente, com a finalidade de esterilizar possíveis focos microscópicos do tumor. Como as anteriores não alcança a dose máxima permitida para área.
  • Radioterapia Curativa:
Consiste na principal modalidade de tratamento e visa a cura do paciente. A dose utilizada é geralmente a dose máxima que pode ser aplicada na área. Pode-se utilizar o termo “curativo” e “exclusivo” no sentido de dose máxima, seja qual for a finalidade da radioterapia
  • Radioterapia Anti-Álgica  (Radioterapia para dor):
Radioterapia paliativa com esta finalidade específica. Pode ser aplicada diariamente ou, em doses diárias maiores semanalmente. Como é de finalidade paliativa, a dose total é menor do que a máxima permitida para área, exceto nos casos específicos como metástases.
  • Radioterapia Anti-Hemorrágica:
Radioterapia paliativa com esta finalidade específica. Como é desta finalidade a dose total é menor do que a permitida para área.


   Radiossensibilidade e Radiocurabilidade:
A radiossensibilidade celular é o grau e a velocidade de resposta dos tecidos à irradiação. Segundo Tribodeau e Bergonier a radiossensibilidade está associada à atividade mitótica da célula: por um lado, quanto mais indiferenciado e proliferativo o tecido, mais sensível à irradiação e, por outro, quanto mais diferenciado e estável, mais resistente. 
A resposta tumoral à irradiação depende também do aporte de oxigênio às células malignas. Devido á sua eletroafinidade o oxigênio liga-se avidamente aos elétrons gerados na ionização do DNA, causando danos a esta molécula. A presença de quantidades adequadas de oxigênio aumenta sua sensibilidade em 3 vezes.
Os tecidos normais tendem a repopular as regiões irradiadas com mais facilidade que os tumorais, embora os tumores também o façam.
Como existem muito mais tecidos  tumorais nas regiões irradiadas, esta característica favorece o tratamento. 
Devido a vários defeitos metabólicos inerentes à sua atividade mitótica das neoplasias a regeneração tende a ser menos eficaz para danos sub letais. Tecidos normais tendem a se recuperar entre duas aplicações, desde que haja um intervalo de ao menos 4 horas, enquanto que os tumorais tendem a demorar mais ou não o fazem.

Como é feito o Tratamento:

Aqui coloco um desenho esquemático:


O médico - especialista em radioterapia - limita cuidadosamente a área afetada pelo câncer, e a ela dirige o tratamento radioterápico.
  A aplicação do tratamento pode ser externa ou interna. A aplicação de radiação por via interna também é chamada de braquiterapia. A forma mais usada de tratamento é a radioterapia externa ou  teleterapia
A teleterapia é uma modalidade de radioterapia em que a fonte de radiação é externa ao paciente, posicionada a no mínimo 20 cm de sua superfície. A teleterapia, introduzida na prática médica no início do século XX, expandiu na década de 30 devido ao desenvolvimento dos aparelhos de radioterapia convencional com energias superiores a 130 KV (kilo-volts), permitindo o tratamento de tumores profundos.




A escolha da radioterapia depende do tipo de câncer e da profundidade em que se encontra o tumor. A área de tratamento é marcada antes do início da radioterapia, o que é chamado de planejamento. Cada aplicação dura alguns minutos. Um técnico, através de um circuito de televisão sempre observa o paciente, e pode ouvi-lo através de um alto-falante. O paciente durante o tratamento não sente dor, pois a radiação não é sentida nem ouvida.



1º Passo: Qual a região a ser tratada?
2º Passo o planejamento será SSD ou SAD?
SSD = source-skin distance que é a distância entre a fonte (foco) e a pele do paciente. Esta distância é verificada com o auxílio da escala luminosa existente no equipamento. Podemos trabalhar com distâncias de 80cm (no caso de equipamentos de telecobalto e alguns aceleradores lineares) e 100cm.

SAD = source-axisdistance que é a distância entre o foco, ou a fonte de raios X  e o isocentro do equipamento de tratamento.  Atualmente, os equipamentos de tratamento são desenhados de maneira que o gantry rode em torno deste ponto de referência.
Nos tratamentos isocêntricos, o gantry gira ao redor do ponto que se situa no interior do paciente, modificando assim a SSD a cada ângulo posicionado.

Vou demonstrar apenas um exemplo de Planejamento:
Próstata:
Todo o paciente tem que ser posicionado no aparelho ou na sala de planejamento onde possui as mesmas especificações com laser para centragem simétrica dos pontos de referência





Vejam:
Quando não existia a Tomografia computadorizada era feito raio-x AP e P e desenhado no próprio filme os moldes para aloi pra fazer os blocos de acordo com a área a ser tratada desenhada pelo médico, se trata 4 campos.
Hoje com a tomografia  pode se desenhar em 3 d todos os campos possíveis e tratar 6 campos para minimizar áreas quentes, diminuindo áreas a preservar.

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