Estou disponibilizando material que utilizei na palestra de Ijuí-RS sobre os
Princípios
da
Radioterapia
O que é a Radioterapia ?
Radioterapia é o tratamento com radiação
onde consiste a exposição do local do paciente a ser tratado com doses diárias
até que totalize o valor total definido pelo médico.
Como a radiação danifica o material
genético da célula do tumor evitando que ela cresça e se reproduza, pois as
células do câncer crescem e se multiplicam muito mais rápidos que as células
normais.
Um Breve Histórico:
A
descoberta dos Raios –x por Whilhen C.
Roentgen em 1895 onde começou a ser utilizado em diagnóstico e terapia, tendo
Emil A. Grubbe com
um pioneiro.
O
estudo das Radiações eram o fascínio da época
1986 Pierre e Maria Curie Descobriram o Radium 226,
introduzindo-o em terapêutica .
Nesta
época, os cirurgiões as utilizavam em tratamento de tumores malignos
acreditando que atuavam por ação
cáustica nos tecidos.
Suas
doses eram avaliadas pelas reações induzidas na pele e a unidade correspondente foi denominada
“dose de Eritema”
Os
progressos da Física Médica na década de 30 permitiram quantificar as doses de
radiação e estabelecer uma relação entre quantidade e efeito biológico.
Finalidade da Radioterapia:
Todo
o tratamento deve estar autorizado e deve ter início e fim previsto.
- Radioterapia Paliativa:
Objetiva no controle local do tumor primário ou de metástases, sem influenciar a taxa da sobrevida global do paciente. Geralmente, a dose aplicada é menor do que a dose máxima permitida para a área.
- Radioterapia Pré-operatória:
É
a radioterapia que antecede a principal modalidade de tratamento, a cirurgia,
para reduzir o tumor e facilitar o procedimento. A dose total aplicada é menor
do que a dose máxima permitida para a área.
- Radioterapia Pós-operatório:
Segue
à principal modalidade de tratamento do paciente, com a finalidade de
esterilizar possíveis focos microscópicos do tumor. Como as anteriores não
alcança a dose máxima permitida para área.
- Radioterapia Curativa:
Consiste
na principal modalidade de tratamento e visa a cura do paciente. A dose
utilizada é geralmente a dose máxima que pode ser aplicada na área. Pode-se
utilizar o termo “curativo” e “exclusivo” no sentido de dose máxima, seja qual
for a finalidade da radioterapia
- Radioterapia Anti-Álgica (Radioterapia para dor):
Radioterapia
paliativa com esta finalidade específica. Pode ser aplicada diariamente ou, em
doses diárias maiores semanalmente. Como é de finalidade paliativa, a dose
total é menor do que a máxima permitida para área, exceto nos casos específicos
como metástases.
- Radioterapia Anti-Hemorrágica:
Radioterapia
paliativa com esta finalidade específica. Como é desta finalidade a dose total
é menor do que a permitida para área.
Radiossensibilidade e Radiocurabilidade:
A
radiossensibilidade
celular é o grau e a velocidade de resposta dos tecidos à irradiação. Segundo Tribodeau
e Bergonier
a radiossensibilidade
está associada à atividade mitótica da célula: por um lado, quanto mais
indiferenciado e proliferativo o tecido, mais sensível à irradiação e, por
outro, quanto mais diferenciado e estável, mais resistente.
A resposta tumoral à irradiação
depende também do aporte de oxigênio às células
malignas. Devido á sua eletroafinidade
o oxigênio liga-se avidamente aos elétrons gerados na ionização do DNA,
causando danos a esta molécula. A
presença de quantidades adequadas de oxigênio aumenta sua sensibilidade em 3
vezes.
Os tecidos normais tendem a repopular
as regiões irradiadas com mais facilidade que os tumorais, embora os tumores
também o façam.
Como existem muito mais
tecidos tumorais nas regiões irradiadas,
esta característica favorece o tratamento.
Devido a vários defeitos
metabólicos inerentes à sua atividade mitótica das neoplasias a regeneração
tende a ser menos eficaz para danos sub letais. Tecidos normais tendem a se
recuperar entre duas aplicações, desde que haja um intervalo de ao menos 4 horas,
enquanto que os tumorais tendem a demorar mais ou não o fazem.
Como é feito o Tratamento:
Aqui coloco um desenho esquemático:
O médico - especialista em radioterapia -
limita cuidadosamente a área afetada pelo câncer, e a ela dirige o tratamento
radioterápico.
A aplicação do tratamento pode ser
externa ou interna. A aplicação de radiação por via interna também é chamada de
braquiterapia. A forma mais usada de tratamento é a
radioterapia externa ou teleterapia.
A teleterapia é uma modalidade de radioterapia em que
a fonte de radiação é externa ao paciente, posicionada a no mínimo 20 cm de sua
superfície. A teleterapia, introduzida na prática médica no início
do século XX,
expandiu na década de 30 devido ao desenvolvimento dos aparelhos de
radioterapia convencional com energias superiores a 130 KV (kilo-volts),
permitindo o tratamento de tumores profundos.
A escolha da radioterapia depende
do tipo de câncer e da profundidade em que se encontra o tumor. A área de
tratamento é marcada antes do início da radioterapia, o que é chamado de
planejamento. Cada aplicação dura alguns minutos. Um técnico, através de um
circuito de televisão sempre observa o paciente, e pode ouvi-lo através de um
alto-falante. O paciente durante o tratamento não sente dor, pois a radiação
não é sentida nem ouvida.
1º
Passo: Qual a região a ser tratada?
2º
Passo o planejamento será SSD ou SAD?
SSD = source-skin distance que
é a distância entre a fonte (foco) e a pele
do paciente.
Esta distância é verificada com o auxílio da escala luminosa existente no
equipamento. Podemos trabalhar com distâncias de 80cm (no caso de equipamentos
de telecobalto e
alguns aceleradores lineares) e 100cm.
SAD = source-axisdistance que
é a distância entre o foco, ou a fonte de
raios X e o isocentro
do equipamento de tratamento.
Atualmente, os equipamentos de tratamento são desenhados de maneira que
o gantry rode
em torno deste ponto de referência.
Nos
tratamentos isocêntricos, o gantry gira
ao redor do ponto que se situa no interior do paciente, modificando assim a SSD
a cada ângulo posicionado.
Vou demonstrar apenas um exemplo de Planejamento:
Próstata:
Todo o paciente tem que ser posicionado no aparelho ou na sala de planejamento onde possui as mesmas especificações com laser para centragem simétrica dos pontos de referência
Vejam:
Quando não existia a Tomografia computadorizada era feito raio-x AP e P e desenhado no próprio filme os moldes para aloi pra fazer os blocos de acordo com a área a ser tratada desenhada pelo médico, se trata 4 campos.
Hoje com a tomografia pode se desenhar em 3 d todos os campos possíveis e tratar 6 campos para minimizar áreas quentes, diminuindo áreas a preservar.
Quando não existia a Tomografia computadorizada era feito raio-x AP e P e desenhado no próprio filme os moldes para aloi pra fazer os blocos de acordo com a área a ser tratada desenhada pelo médico, se trata 4 campos.
Hoje com a tomografia pode se desenhar em 3 d todos os campos possíveis e tratar 6 campos para minimizar áreas quentes, diminuindo áreas a preservar.
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